pexels-samer-daboul-4178738

Você realmente sabe o que é Depressão?

Depressão (transtorno depressivo maior ou depressão clínica) é um transtorno de humor comum, porém grave e considerado como o “mal do século” pela Organização Mundial da Saúde

A depressão é um distúrbio emocional que altera o funcionamento neurológico, pois reduz a produção de neurotransmissores importantes para a sensação de alegria, satisfação e bem-estar.

Trata-se de um diagnóstico complexo que exige o acompanhamento de um psicólogo e do psiquiatra, além de variar em seu grau de intensidade.

Todas as pessoas, homens e mulheres, de qualquer faixa etária, podem ser atingidas, porém mulheres são duas vezes mais afetadas que os homens.

Em crianças e idosos a doença tem características particulares, sendo a sua ocorrência em ambos os grupos também frequente.

Causas:

Varia em cada paciente, pois tudo dependerá de como este se sente, lida e interpreta as diferentes situações em sua vida.

A depressão é uma doença. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores, conforme citado acima (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células.

Sintomas principais da Depressão:

  • Irritabilidade, ansiedade e angústia;
  • Desânimo e cansaço frequente;
  • Diminuição ou incapacidade de sentir alegria/vontade e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis;
  • Indiferença em relação às pessoas e situações cotidianas;
  • Desesperança e desamparo;
  • Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa e baixa autoestima;
  • Sensação de falta de sentido na vida, inutilidade;
  • Sintomas suicidas;
  • Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimentos;
  • Diminuição do desempenho sexual e da libido

Tratamento:

O tratamento da depressão é, essencialmente, uma combinação entre a psicoterapia e os medicamentos.

É fundamental ter assiduidade no tratamento e também contar com o apoio de amigos e familiares, pois trata-se de um momento bastante delicado da vida dessa pessoa.

Perguntas & Curiosidades:

Depressão é hereditária?

Estudos mostram que filhos de pais depressivos têm 75% mais predisposição para sofrer com a doença, especialmente se passar por algum trauma.

Como anda a depressão pelo mundo?

A prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresenta o problema em algum momento da vida.

O que diferencia a depressão da tristeza?

A tristeza é provocada por um fator pontual que acontece na vida da pessoa, tende a melhorar com o tempo e não compromete as atividades diárias. Já a depressão provoca sentimentos desagradáveis por vários dias e costuma piorar com o passar do tempo, mesmo que aconteçam coisas boas na vida da pessoa, prejudicando a vida social e profissional do paciente.

Por que a depressão é tão confundida com outros distúrbios, como a bipolaridade?

Porque essas doenças podem apresentar os mesmos sintomas. No caso da bipolaridade, por exemplo, existem momentos em que o paciente passa por uma fase depressiva, apresentando um quadro similar ao de quem tem depressão. Por essa razão, uma avaliação de um especialista é imprescindível. De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Transtorno Bipolar, entre 30 e 60% dos diagnósticos de depressão escondem um caso de bipolaridade.

Existe cura para a depressão?

Sim. Com a ajuda de acompanhamento psicológico e medicamentos a doença pode ser controlada e até mesmo curada.

Remédios são sempre necessários?

Existe uma série de evidências científicas que apontam que a depressão é provocada por alterações químicas no cérebro do indivíduo. Por isso, na maioria dos casos são utilizados medicamentos que possam equilibrá-las. Mas eles nem sempre são necessários, cabe ao psiquiatra fazer uma avaliação do quadro e do impacto da depressão nas atividades diárias do paciente e determinar se há a necessidade de um medicamento, qual é a substância indicada e em qual dosagem.

Por que terapia funciona?

Porque é um espaço em que o paciente busca o autoconhecimento, organiza seus pensamentos e sentimentos e reflete sobre eles. O profissional, por sua vez, dá apoio ao indivíduo, o auxilia a ver e lidar de forma diferente com os acontecimentos, ajudando-o a enxergá-los de maneira mais clara, o que dá mais segurança para enfrentar o cotidiano.

A depressão pode ser evitada?

A doença não pode ser evitada, mas pode ser identificada precocemente e tratada com rapidez para garantir mais qualidade de vida ao paciente.

 

Fontes:

  • www.portalamigodoidoso.com.br
  • Portal Amigo do Idoso
  • Foto meramente ilustrativa
correio-julio_a

Crescem os serviços oferecidos para idosos

Cresce o número de serviços oferecidos para idosos no Brasil. Aumento da população com idade superior a 65 anos cria oportunidades de negócios e em Brasília, empresário lucra com empresa de terceirização de cuidadores.

Ao perceber no noticiário o envelhecimento mais acelerado da população brasileira e o aumento das necessidades especiais dos idosos, o microempresário Júlio César da Costa Gonçalves, 60 anos, viu a oportunidade para diversificar os negócios e resolveu entrar no ramo de terceirização de cuidadores. Hoje, não se arrepende da iniciativa tomada há dois anos e se prepara para passos mais largos.

“O negócio está progredindo. Dobramos o pessoal e registramos um crescimento mensal de 10% a 15% no número de clientes neste ano”, conta o proprietário da Viver. Nos próximos dias, ele vai deixar a sala de 10 metros quadrados no Lago Sul e mudar para um escritório 10 vezes maior.

A empresa já tem uma filial no Rio de Janeiro e Gonçalves pensa em abrir uma unidade em Curitiba ou em São Paulo. O administrador explica o que o levou a apostar no segmento.

“Percebi que havia um mercado com potencial, porque a demanda por cuidadores vai crescer muito. Hoje, as famílias são menores e, normalmente, a esposa não fica mais em casa cuidando dos idosos, como no passado”, afirma.

Gonçalves abriu a empresa em parceria com a sobrinha, que é enfermeira. Mas, como ela precisou deixar Brasília, ele resolveu continuar com o negócio sozinho. Atualmente, emprega oito pessoas na área administrativa, responsáveis pela gestão e treinamento adicional dos 105 cuidadores cadastrados que atendem a 42 clientes. Cada idoso demanda, dependendo da necessidade, até quatro profissionais por dia. Entre os cuidadores, destacam-se ex-babás, ex-empregadas domésticas e ex-motoristas.

O caso dessa microempresa ilustra a mudança demográfica que ocorre no Brasil. Pelas projeções do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), a população de idosos chegará a 58,2 milhões em 2060, mais do que o triplo da de hoje.

“O país está envelhecendo e precisará se adaptar à nova realidade demográfica. Não é apenas o governo que terá de se ajustar. Os mercados, as cidades, as famílias também precisam se preparar”, explica o demógrafo Cássio Turra, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Pelas estimativas do IBGE, o país tem, hoje, 19,2 milhões de pessoas acima de 65 anos. O Ministério do Trabalho registra 31.245 cuidadores com vínculo empregatício no país. Mas o crescimento da população idosa vem se acentuando há mais de uma década. Não à toa, mudar de profissão foi a saída do desemprego para a cuidadora Sônia Maria Pereira, 61 anos. Moradora da Zona Sul de São Paulo, ela sempre trabalhou como auxiliar de escritório mas, quando ficou mais velha e as ofertas de trabalho escassearam, viu que era preciso fazer uma capacitação.

“Hoje, as famílias são menores e, normalmente, a esposa não fica mais em casa cuidando dos idosos, como no passado”
Júlio César da Costa Gonçalves, microempresário

Concorrência

Sônia escolheu uma boa escola para ter conhecimento da área e conseguiu voltar ao mercado de trabalho em 2008. Desde então, não teve mais problemas para arrumar emprego, embora admita que a concorrência vem aumentando.

“Fiquei uns quatro anos desempregada, devido à idade. Só fazia bicos, quando resolvi fazer o curso. Naquela época, foi mais fácil, não tinha tantas cuidadoras. Graças ao bom desempenho nas residências onde trabalhei, tenho tido muitas indicações”, conta.

O economista Carlos Alberto Ramos, professor da Universidade de Brasília (UnB), destaca que não é apenas o envelhecimento da população que vai mudar a realidade do mercado de trabalho.

“A população de idosos está aumentando, mas a taxa de natalidade está diminuindo. O número de alunos matriculados no ensino básico está caindo como um todo. Portanto, a quantidade de alunos tende a diminuir no ensino fundamental e haverá menos necessidade de professores nesse segmento. No entanto, haverá maior demanda de professores de ensino superior. Essa necessidade de migração precisará ser antecipada”, avisa.

O número de crianças vem caindo ano a ano. Em 2060, conforme as projeções do IBGE, a população de jovens de até 14 anos será de 33,6 milhões, uma queda de 24,5% em relação aos 44,5 milhões atuais.

“(A diminuição de alunos no ensino fundamental e o aumento no ensino superior) contribuirá para que a produtividade aumente com a melhoria da capacitação das pessoas”
Ana Amélia Camarano, economista do Ipea

Para Ana Amélia Camarano, coordenadora de Estudos e Pesquisas de Igualdade de Gênero, Raça e Gerações do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a virada poderá ser uma oportunidade para que o gasto público com educação mais qualificada aumente.

“Isso contribuirá para que a produtividade aumente com a melhoria da capacitação das pessoas”, afirma. Márcio Minamiguchi, demógrafo do IBGE, destaca que, com o aumento da população idosa, em termos de gasto público, a demanda financeira será maior do que para os jovens. “Para qualquer país com a população mais escolarizada, envelhecer é sempre um desafio menos complicado”, destaca.

Fontes: